As células-tronco derivam de células embrionárias, a partir do estágio de
blástula (com capacidade de originar todos os tecidos) e das células
germinativas primordiais, que eventualmente se diferenciarão em
espermatozóides ou ovócitos.
Na epiderme do indivíduo adulto as células-tronco se localizam na camada
basal, que é a camada celular mais interna, em contato com a lâmina basal.
Ao se dividirem, enquanto uma célula-filha permanece como célulatronco,
a outra vai se diferenciando e o seu núcleo vai degenerando, a
medida que se dirige para as camadas mais externas, produzindo uma
camada de células mortas queratinizadas que são continuamente
eliminadas da superfície. Glândulas conectadas à epiderme, como as
glândulas mamárias, têm suas próprias células-tronco e padrões distintos
de renovação.
Quando por algum motivo ocorre um ferimento na epiderme, as células
epidérmicas saudáveis migram e proliferam para cobrir a área descoberta,
através de divisão das células-tronco.
Provavelmente, um dos fatores que determinam se uma célula-filha se
diferenciará ou se manterá como célula-tronco é a perda, ou não, do
contato com a lâmina basal ou com o tecido conjuntivo exposto na ferida.
Aquelas células que perdem o contato, se diferenciam e aquelas que o
mantém, permanecem com o potencial de célula-tronco. Outro fator
determinante seria a maior quantidade de integrinas (um tipo de proteína)
em sua membrana.
As integrinas são os principais receptores utilizados pelas células animais
para se ligarem à matriz extracelular. São, principalmente, as células que
possuem as integrinas apropriadas para se ligarem à fibronectina (outro tipo
de proteína, componente minoritário da lâmina basal, mas principal
componente da matriz extracelular) as que ficam ligadas à lâmina basal e
permanecem como células-tronco. A perda ou inativação de tais receptores
libera a célula da lâmina basal, levando-a à diferenciação.
As células nervosas depois de diferenciadas não são substituídas durante a
vida adulta dos indivíduos. Pesquisas recentes indicam que existem células
presentes no epitélio de revestimento das cavidades do sistema nervoso
(células ependimais), mais especificamente, células isoladas da zona
ventricular do cérebro de adulto, que têm a capacidade de gerar novos
neurônios e célula gliais (astrócitos e oligodendrócitos), podendo ser
consideradas células-tronco neurais multipotentes.
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